quarta-feira, 18 de julho de 2012

Review: Sounds of Innocence



A espera chegou ao fim! Depois de ouvir o single de Sounds of Innocence, o Conflicted, finalmente pude ouvir o álbum todo. Sounds of Innocence não deveria ser classificado como um simples disco, mas como uma experiência musical vasta e fantástica. É daqueles cds que você deve escutar com bons fones de ouvido, aproveitando e descobrindo todos os climas, cores e timbres.



Não é novidade o fato do Kiko Loureiro lançar um álbum incrível, mas dessa vez ele realmente ficou acima da própria média. Cada música de Sounds of Innocence vem carregada com um feeling próprio e um arsenal de técnicas muito bem distribuídas. Todas as harmonias são criativas e soam como algo novo. Nesse aspecto, os destaques ficam com Gray Stone Gateway, The Hymn, Twisted Horizon e A Perfect Rhyme, que me deixou num estado cataplasmático sub-atômico com sua simplicidade melódica e uma beleza única extremamente complexa. Não haveria forma melhor de fechar um disco tão singular quanto esse.

Ao contrário do que se espera de um cd instrumental, Sounds não é desses "de músico pra músico". Todo o conteúdo é acessível mesmo pra quem não está acostumado com essa vertente. As músicas são todas trabalhadas e bem produzidas, mas é fácil entender o que está acontecendo.

Falando sobre técnica, Kiko contou com dois músicos conhecidos e competentes pra caramba. Felipe Andreoli conseguiu reforçar muito bem os temas do disco com um baixo sempre presente, que não some no meio da mixagem, e definitivamente acertou nas timbragens. Sendo um dos baixistas que mais me influenciam, ele mostrou mais uma vez que merece todos os elogios que costumamos ver pela internet. Virgil Donati mostrou-se o monstro de sempre. Sempre que ouço ele vem aquela sensação de "De onde saiu esse cara?!", e não foi diferente nesse cd. Mesmo sendo gringo, ele acompanhou perfeitamente até as músicas mais abrasileiradas.

O Brasil tem muitos bons guitarristas, mas poucos com uma musicalidade tão aflorada quanto Kiko Loureiro. Seus riffs, melodias e até as passagens mais rápidas são um espetáculo à parte. Ele nos mostra que a técnica deve sempre vir acompanhada do bom gosto, senão a música seria vazia, uma mera forma de exibicionismo, e não arte propriamente dita.

Se você é fã de boa música independente de formatos e estilos, Sounds of Innocence é um trabalho que vai te cativar por um sem número de horas. É uma viagem que todo fã deveria fazer.

Canal do Kiko no YouTube: http://www.youtube.com/user/kikoloureiroofficial


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